Entrevista a Joana Schenker

Entrevista a Joana Schenker

Joana Schenker

Joana Schenker, algarvia de origem alemã de 28 anos, alcançou a medalha de bronze no Mundial de Bodyboard da ISA (International Surfing Association), em Iquique, Chile, no passado dia 13 de Dezembro. Troféu que completa um naipe quase perfeito a que se juntam o triunfo no Circuito Europeu de Bodyboard e o título nacional

 

“Gostava que esta medalha mudasse alguma coisa”

– Agora que já passou o deslumbramento da medalha, e volvidas algumas semanas após o regresso do Chile, como avalias a tua prestação no Mundial?
JS – No geral, estou satisfeita porque cumpri o objectivo inicial a que me tinha proposto: chegar à final. E mais ainda porque quando começou a competição e percebi o nível muito alto das minhas adversárias, percebi que ia ser muito complicado. Assim, com tudo isto, o terceiro lugar é um excelente resultado.

– Mas dito isto, e ao avaliar a tua prestação ao longo da prova, ficou a sensação que poderias ter feito melhor ainda…
JS – Sim, é verdade, admito que sim. Mas estes campeonatos não são provas de regularidade. Fazemos tudo para chegar à final e é na final que tudo se decide. Houve poucas ondas e factores como a sorte e a experiência contam muito. Veja-se o que aconteceu com a Neymara Carvalho, que usou essa experiência para apanhar uma onda nos momentos finais da bateria e ultrapassar-me para a prata. No caso da vencedora, a Cecile Lacoste, ela fez uma melhor escolha de ondas e é por isso que se sagrou campeã do Mundo. Numa final naquelas condições, é fundamental a selecção das ondas.

Joana Schenker
– Uma medalha de bronze no Mundial a juntar aos títulos no Europeu e no Nacional. Consideras que esta é a tua melhor temporada de sempre?
JS: Sim, sem dúvida! Há anos que trabalho muito para isto e este ano tudo se encaixou na perfeição para aquela que considero a minha melhor época desportiva de sempre.

– Falando especificamente desta medalha de bronze no Chile, pensas que poderá mudar alguma coisa na tua carreira daqui para a frente?
JS: Obviamente que gostava que esta medalha mudasse alguma coisa, nomeadamente em termos de apoios e patrocínios mas, sinceramente, não estou à espera de nada.

– Para 2016, quais os desafios a que te propões? Uma presença mais consistente no Circuito Mundial Profissional (APB – Association of Professional Bodyboarders) parece ser o passo seguinte mais lógico…
JS: Sim, vou continuar a apostar nos circuitos nacional e europeu e investir mais no Mundial, aproveitando até o facto de, este ano, termos 3 etapas em Portugal (Sintra, Nazaré e Viana do Castelo). O objectivo passa por fazer 4 etapas do calendário do Mundial APB, mais do que isso, dependerá dos eventuais apoios que possam surgir.

Por: Science Bodyboards Portugal Media